Após sindicato fechar acordo coletivo referente a data-base 2021 e trabalhadores da Cosanpa aprovarem em assembleia, direção da empresa voltou atrás e reapresentou proposta que já havia sido rejeitada
Os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) pararam a zero hora desta quarta-feira (25) contra o descumprimento do acordo coletivo da data-base 2021 negociado entre o Sindicato dos Urbanitários do Pará (STIUPA) e a direção da empresa e aprovado pela categoria. Em Belém, os trabalhadores se concentram em frente à Casa Civil do Governo do Estado do Pará.
Manobra da empresa revolta trabalhadores e sindicalistas
A contraproposta da Cosanpa, que descumpre o acordo, foi enviada ao STIUPA no dia 20, dois dias depois que os trabalhadores aprovaram em assembleia a última versão negociada com a empresa em 12 de julho. O texto da contraproposta tem a mesma base da apresentada e rejeitada pelos trabalhadores em junho.
Reação da categoria
A paralisação vai ser forte e participativa e vai mostrar aos diretores da Cosanpa, ao governo do Estado, comandado por Helder Barbalho (MDB) e a toda a sociedade que a categoria é essencial e comprometida com o serviço prestado à população, diz nota publicada no site do STIUPA, que deixa claro que não vai ter recuo.
“Não vamos aceitar a retirada de direitos, muito menos reajuste zero em nossos salários”, diz a nota.
“Estamos em data-base”, diz a nota que explica que a luta da categoria começou em fevereiro, quando eles prepararam a pauta de reivindicações que foi entregue à direção da empresa.
“Tivemos reunião de negociação na empresa, na PGR e na Casa Civil, tudo para buscar as reivindicações. Agora nos resta grevar. A história mostra que a greve precisa ser usada como a arma dos trabalhadores/as unidos/as e mobilizados/as”, diz a nota.
Os trabalhadores da Cosanpa reivindicam o cumprimento do que foi acordado no dia 12 de julho e aprovado nas assembleias, que é o nível do PCS e o reajuste do tíquete-alimentação.
No mesmo dia em que o presidente da Cosanpa, José De Angelis, e seus diretores enviaram ao STIUPA a proposta que já havia sido rejeitada pelos trabalhadores, cheia de retrocessos, a direção da entidade enviou ofício rejeitando por escrito a proposta. E até agora não foram chamados para resolver o impasse.
Texto: Marize Muniz
Imagem / Reprodução
Com informações do STIUPA
Reprodução: CUT